sábado, 22 de agosto de 2009

Cultura germânica, representada por cerveja

Pra celebrar mais um sábado. Vou postar sobre cerveja, mas de maneira diferente. É sobre o desenho da capa de um cardápio da cervejaria Hof-Bräu München.

Se prestar atenção, vemos que é uma bela representação da antiga cultura germânica.


No cartaz, vemos ao centro, um pilar, um mastro, na verdade. Sobre ele, salsichas brancas, Pretzels, folhas e flores. Observando, mesmo sem prestar muita atenção, vemos um Irminsul. O Irminsul aparece de diferentes formas na cultura germânica, mas de modo geral, era uma árvore (ou um pilar) que ligava Mittgard com Asgard.

Então, podemos notar que na base desse pilar, temos 7 barris (que correspondem aos 7 mundos) e um instrumento musical no centro dos barris, simbolizando Mittgard. No "mundo" nórdico antigo, Mittgard ficava no tronco da Árvore da Vida, e era circulado pelos 7 mundos que ficavam junto as raizes, uns mais abaixo que outros.

Ao topo do pilar, logo vemos a Cervejaria Hof-Bräu, simbolizando Asgard, mais precisamente um castelo muito famoso, e Hall dos heróis - conhecido por Walhall. Essa cervejaria, "por coincidência" correga uma faixa com a frase "Das Berühmbeste Wirtshaus der Welt" - Que poderia ter sido melhor anfitrião na "antiga crença" do que as guardiãs de Walhall (as Walkirias)? Junto ao castelo, vemos árvores, simbolizando o topo da Árvore da Vida.

Agora, seria Bilskirnir, aquele castelo no lado esquerdo?

Se quiserem comparar, basta ver agora uma imagem sobre a disposição do mundo na antiga crença.


Agora, quem vier perguntar sobre a grande serpente que circulava o mundo, não sei dizer. Talvez não queriam qualquer ligação com o sionismo no cartaz hahahahahah.

Comentários liberados, caso alguém ache mais coisas no desenho do cardápio.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Horda: Inmitten des Waldes


Aproveitando uma oportnidade, entrevistamos J.Held, guitarrista da Banda Ecce Hommo e diversos outros projetos paralelos, entre eles o Inmitten des Waldes. Assim como no nome da banda, as músicas (títulos e letras) são escritas em alemão e passam um profundo sentimento germanista - e com isso surgiu o nosso interesse de fazer algumas perguntas à banda.

1 - Wegwisir: De onde surgiu o interesse nesse projeto?
R - J.Held: Antes de morar em SC, ensaiamos uma vez num estúdio aqui, porque nessa época, o N.Schner não tinha bateria, e guitarra que eu usava para os ensaios nem era minha. Quando eu voltei ao Paraná, conseguimos uma bateria usada e retomamos os ensaios. O IDW era totalmente diferente do que eu ja havia feito até 2002/2003 com o Agony of Souls, Celestial Chalice ou o Hyperborean, porque em algum momento, algo dentro de mim começou a se transformar, não se tratava mais de música veloz, blasfêmia ou guerra, (pelo menos não essa forma de guerra) - algo tão familiar até então - era algo novo pra nós dois, pois começamos a lidar com um tipo novo de sentimento algo que estava até aquele momento dormindo dentro de nossas mentes e corações, só esperando para ser explorado, então começamos a dar vazão a essas novas formas de expressão, a melancolia, a tristeza e a saudade de tempos que estavam presentes em nossos subconcientes; e que graças a antiga "Das Blut Wählte", atravessou gerações e chegou até nós, tínhamos no IDW a mais pura e perfeita forma de levar esses sentimentos adiante, e conforme tudo fluia, música e letras, naturalmente a cada dia que passava nos sentíamos mais ligados com nossas raízes Indo-Européias. O IDW tornou-se esse elo.

2 - Wegwisir: Por que escrever somente em alemão?
R - J.Held: É uma forma simples e direta de mostrar nosso orgulho e respeito àqueles que começaram essa longa jornada em lugares distantes de onde hoje estamos. Quem de nós não gostaria de poder presenciar como era a vida a três ou quatro gerações atraz? Ouvimos histórias de nossos avós, em almoços típicos e encontros de famílias e isso certamente nos faz sentirmos um pouco dentro daquela época. Cantar em alemão é como um ritual onde podemos voltar, mesmo que por pouco tempo a essa pura essência.

3 - Wegwisir: Esse projeto é pouco divulgado, não se ve material e poucos o conhecem - se comparado com os demais projetos da banda. Isso envolve algum sentimento misantrópico, ou é um tipo de seleção de público?
R - J.Held: E esse pouco ainda é somente aqui no Sul! Certamente que não tem cabimento divulgarmos algo - principalmente que não se trata "apenas" de música - com muita gente. Não quero nenhum mestiço ou qualquer coisa assim ouvindo minha música, pois a música que eu faço é apenas para pessoas brancas.

4 - Wegwisir: Vocês concordam que existem alguns tipos de bandas que não devem ser ouvidas por qualquer tipo de "pessoas"?
R - J.Held: É como eu disse na questão passada, não tem sentido nem porquê, de a maioria das pessoas ouvir qualquer coisa que não lhe seja direcionada, por assim dizer, mas só esperar um pouco de bom senso não adianta mais - ou nunca adiantou - pelo que podemos ver hoje em dia, porque alguns seres vivos, não entendem outra linguagem, senão a do chicote.

5 - Wegwisir: Uma pergunta meio alheia à banda, mas baseada na anterior. Hoje em dia, com toda essa divulgação fácil na internet, se vê muitos idiotas que não conhecem nem mesmo a própria origem - ou que nem têm origem - e acabam se baseando em culturas de outros povos ou linhagens diferentes. O que vocês acham disso?
R - J.Held: Bom essa deturpação toda é uma das armas mais fortes do sionismo para tentar destruir a ligação que temos com nosso passado, não tenho o menor receio de dizer que está praticamente tudo " à venda" com a velha estória de que somos todos iguais, tentando igualar esses indivíduos aos nossos níveis. A verdade é que hoje em dia está mais fácil você ver um mestiço sujo se dizendo NSWP, do que um branco com orgulho de seua raça. É praticamente uma inverção voluntária de valores. Mas é pior é ver as pessoas brancas sedendo ao conformismo de não se importar com orgulho enquanto tiver uma TV de 42 polegadas, um carro e o futebolzinho do fim de semana, e depois sair pra achar a primeira mestiça suja que encontrar na rua pra aumentar a auto estima de garanhão.
"Das Gehirn ist eine Hölle die Existenz!"

6 - Wegwisir: A Inmitten des Waldes pode ser taxada como NSBM? Quais os tipos de rótulos mais comuns que o público dá à banda?
R - J.Held: certamente que sim. Raw BM, Sentimenal BM, já disseram até que o IDW era Satânic BM(???). Mas rótulos servem aopenas para se ter uma ínfima idéia do que esperar - pelo menos ao que diz respeito - dos nossos projetos.

7 - Wegwisir: A banda possui uma temática com forte sentimento germanista, mas sendo que o Paraná, na sua maior parte, não foi fortemente colonizado por povos germânicos - e as colônias germânicas são cidades "pequenas" onde é mais comum se encontrar pessoas mais conservadoras e que dificilmente escuta músicas mais extremas - existe um público forte e de sangue na região? Em que lugar a banda é mais conhecida ou possui a maior quantidade de apreciadores?
R - J.Held: Sinceramente euro-descendentes existem muitos mesmo, o Paraná é um estado branco por excelência, mas é como eu disse na questão 5, o comodismo tomou conta das pessoas e elas não querem abrir os olhos pra algo que possa por em risco suas conqui$$ta$ e seu bem estar sócio-financeiro. Não se trata apenas do IDW como uma personificação do orgulho e honra das pessoas brancas, por ser algo menos acessível aos níveis de audição, não podemos, por exemplo, esperar algo ultra radical das pessoas de idade avançada que povoaram a região - mas ainda assim, de uma forma sutil, tem muito mais orgulho do que essa "nova geração" que teve a "TV Bobo" como mucama. Aqui mesmo, posso contar nos dedos das mãos as pessoas que ouvem e realmente sentem o que queremos passar com o IDW, e é com essas pessoas que eu devo me sentir grato.

8 - Wegwisir: Bom, em apresentações da banda Ecce Hommo, assim como em vídeos, é comum ver os membros da banda falando sobre separatismo sulista. Cremos que esse sentimento também seja passado nos demais projetos como o Inmitten des Waldes. Isso os trouxe alguns inimigos, sendo na cena ou de alguma autoridade?
R - J.Held: Desde que se assume uma postura, qualquer que seja, as consequências virão! Aqui eu já fui ameaçado de morte por tanto vagabundo que eu já nem sei mais. Uma das vezes estava até rolando uma lista com o nomes das pessoas que seriam mortas por envolvimento com NS, mas era coisa de maconheiro que não tinha nada melhor pra fazer, já briguei algumas vezes e quebrei uns narizes aqui e em Curitiba, em Santa Catarina onde eu morava fui preso algumas vezes por agressão também, a última que eu lembro, eu e meu irmão quebramos e fomos em cana porque eu chutei a cabeça de um negrinho, mas a PM logo nos dispensou, e segurou o negro porque já devia e a PM estava atrás do irmão fugitivo dele. Parece familiar? Aqui no Paraná eu apanhei uma vez da PM porque chamei um negro magrelo de 20% - relativo as cotas - ele era do canil da PM. Mas o pior não foi levar pancada, isso eu já estou acostumado desde que comecei a fazer jiu-jitso, muay-thay e vale-tudo em 2003. O pior foi ver os PMs brancos ajudando aquele traste, mas como um amigo me disse certa vez "ninguém vai deixar de ser NS".

9 - Wegwisir: O que pode ser dito da cena do NSBM no Brasil? Ou sobre bandas com ideais separatistas no nosso Sul?
R - J.Held: Aqui no Sul, ao meu ver, essa "cena" sempre acaba por dar uma ideia de que apenas músicos podem fazer algo. Eu penso de forma diferente, creio que merece respeito todo aquele que faz algo para ajudar - panfletagens, traduções de livros, copias em xerox de artigos revisionistas para distribuição gratuita e até mesmo algo que seja apenas dito á alguém merece ser visto como um elo da corrente - pessoa essa segue em frente e faz isso com conciência dos riscos. Vale lembrar que as pessoas tem seus motivos para fazer o que fazem, e por isso merecem respeito.

10 - Wegwisir: Pra finalizar, como está a situação da banda hoje? Pretendem lançar material novo em breve? Já existe algo pronto nesse caso?
R - J.Held: O IDW tem muita coisa que não foi lançada, muitas músicas que estão guardadas, e o que eu posso dizer que tem muita música boa a ser mostrada, num futuro próximo. Já com o Ecce Hommo, eu gravei nova demo intitulada "Ad Astra Per Aspera" mas não comecei a divulgar ainda, é algo diferente do material antigo porque eu gravei tudo sozinho, ainda to acertando umas coisas pra começar a divulgar. Com o Aziagho (antigo Valium), eu terminei uma demo de mais ou menos 1hr e 20, com 4 músicas de um funeral doom massivo e hipnótico. Tenho 6 músicas do B88, creio que daqui duas semanas vou começar a trabalhar nesse projeto, e é bem mais fácil de acertar pois não exige tanto quanto os outros, mas não menos importante.

Bom depois dessa conversa, só nos resta agradecer J.Held, lider da Inmitten des Waldes; e também K.Lohmann por fazer todos os trâmites e possibilitar essa entrevista.


quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Neo Paganismo e assimilação forçada

Com a ascensão do black metal no início dos anos 90 começaram a surgir bandas nacional socialistas pela Europa - as vezes paralelas ao black metal tradicional, mas muitas vezes juntas. Essas bandas, devido ao forte sentimento nacionalista, começaram a se interessar pela cultura ancestral - que a igreja católica passou a chamar de paganismo nos tempos do seu fortalecimento. Com isso, movimentos de estudos ancestrais ressurgiram publicamente - que haviam quase que cessado na Segunda Guerra com a criminalização da Ahnenerbe e "alta obsevação" da Sociedade de Thule - e isso resultou numa grande difusão da cultura nórdica pela Europa e alguns países ou regiões descendentes de europeus que mantinham algum contato com o velho continente, e esse sentimento também tomou conta de gregos e eslavos. Muitas bandas puramente nacionalistas ou NS que antes escreviam sobre satanismo como uma afronta à estagnada sociedade cristã, passaram a propagar a cultura ancestral, e outras bandas já nasceram com essa ideia. O movimento passou a ganhar força mesmo na virada do século, onde tudo começou a ser divulgado em massa com a popularização da internet e aumento de serviços favoráveis a isso.

Até aí, nada demais, porém, com a massificação da informação e facilidade de acesso, começaram a surgir bobalhões que passaram a usar isso pra se promover, assim como bandas comerciais. E com bandas comerciais, ou "famosinhas", apareceram muitos fãs que querem por tudo "se tornar vikings". Bom, se a pessoa tem alguma raiz, ou descende de alguém que tenha, tudo bem - mas e os que fazem isso por acharem "bonito"? Essas pessoas acabam indo contra o próprio movimento, que prega, principalmente, o orgulho das raizes ancestrais - resumindo: a raça.

Mas vamos então analizar primeiro os que tem alguma descendência - por mais longíncua que seja; que tenha pelo menos um sobrenome e traços físicos de algum povo descendente da cultura que pregam. Fico me perguntando se esses "interessados no assunto" fazem algo para a manutenção da cultura. Lembrando que pra reviver isso, não precisa andar (ou correr freneticamente) pelado e bêbado e achando que é um Ulfhethnar. Mas ter orgulho da sua origem, da sua família, do seu sobrenome. Ter orgulho do que é e lutar contra a sociedade assimilada e conformista. O simples ato de estudar de verdade sobre o assunto já é muito melhor que se pintar com guache e colocar uma "saia" e se achar o celta - hahahahahha. Aprender a cozinhar receitas nórdicas, seja de comida ou bebida também garante mais conhecimento do que acampar com barraquinha em um mato perto de casa. Isso também não significa que tudo tem que ser feito no braço, ninguém precisa caçar sua própria comida sempre ou pegar sozinho o mel pra fermentar o hidromel (prefiro chamá-lo de Met) - afinal, além de guerreiros, esses povos eram ótimos comerciantes (se bem que o comércio por eles feito, ajudou na ascenção do cristianismo).

Agora vamos analizar os que não tem descendência e querem ser assimilados pela cultura. Isso é algo ridículo. Essa pessoa se torna mais um fruto da multicultura, da sociedade cosmopolita. Sem contar que essas pessoas, fazendo isso, ignoram seus traços ancestrais, e assumem outros. Isso é uma afronta a todos os seus antepassados, ao seu povo e a sua raça. Não passam de pessoas que entram na onda, na modinha que isso se tornou. Se essas pessoas apreciam, tudo bem, mas se querem uma assimilação, devem ser repudiadas. Pode parecer clichê, mas pra quem assistiu o filme "O 13º guerreiro", pode notar que mesmo sendo um mensageiro árabe, Ahmed se aliou aos guerreiros e manteve suas tradições - mesmo ajudando e respeitando, não foi assimilado - e ainda saiu de cabeça erguida.

Isso é válido em todas as manifestações culturais, seja música artesanato, gastronomia, crenças e modo de vida - e válido pra todas as culturas e povos. Não adianta se fantasiar pros eventos pra resgatar a cultura, se a pessoa não tem isso no sangue - de modo cultural, racial e intelectual. Para os que fogem disso, saibam que não passam de gurizada. E como todos sabemos, essa gurizada não dura, felizmente.
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