Desde o século retrasado, algumas regiões do Sul do Brasil foram colonizadas, principalmente, por alemães e italianos. As escolas e instituições religiosas tinham como objetivo defender os valores familiares. Existiam também diversas associações como clubes de caça e tiro, grupos culturais, agrícolas e comerciais que mantinham tradições germânicas, tanto para alemães residentes no Brasil, quanto para brasileiros descendentes de alemães. O mesmo ocorria em colônias italianas. Não é preciso dizer que isso fazia com que se mantivesem vivas as origens culturais do povo que estava colonizando o país.
Então chegaram os galinhas verdes e depois o estado novo. Nessa época todas as heranças culturais foram proibidas, foram fechados clubes tradicionalistas, o idioma e qualquer veneração a pátria antiga foram proibidos, assim como festas e encontros. Como a maior parte da população nessas cidades era de origem europeia ou descendentes diretos, a transição tenderia a ser lenta, então arrumaram um jeito de forçá-la - punindo com torturas e sanções quem fosse pego falando seu idioma nativo. Nessa época os europeus residentes e descendentes tinham problemas até para arrumar emprego. Com isso, a maioria das famílias, com medo, não passavam mais o idioma e a cultura para os filhos. Tudo piorou quando o Brasil entrou oficialmente na Segunda Grande Guerra, aumentando ainda mais o preconceito com os teuto-descendentes e ítalo-descendentes, no estado de Santa Catarina.
Anos depois, sabemos que as heranças desse "anticulturalismo" foi uma falta de herança cultural e um dos maiores racismos já ocorridos no Brasil, mas que nunca será defendido na mídia, nem ao menos citado. Hoje em dia, quem se interessa por costumes ancestrais, precisa pagar, e caro - sem citar que normalmente quem busca manter suas raizes, ou estudá-las, é visto como racista ou riducularizado pelos que seguem a "cultura pop mundial".
De todo modo, todos os que resolvem manter laços com suas origens são pessoas que sentem orgulho de sua linhagem. Isso ocorre com todos, sejam descendentes de alemães, de italianos, poloneses, japoneses e negros. A diferença é que só os descendentes de alemães orgulhosos são marginalizados e citados como racistas - podemos comparar, observando a campanha comemorativa da imigração japonesa, que é muito mais nova que a alemã, mas que teve apoio da mídia. E o próprio país, interessado numa cultura mista ajuda a manter essa ideia, defendendo minorias que não são minorias na maior parte do país.
Aqui no Sul, temos uma concentração muito grande de descendentes de europeus, mas poucos deles se interessam por manter laços culturais, e menos ainda sentem algum tipo de orgulho familiar ou de sangue (linhagem). Acho que o nosso maior desafio seja reverter o processo assimilatório que ocorre no meio e manter laços culturais mais fortes. Precisamos parar de apoiar a mistura cultural em festas tradicionalistas como a Oktoberfest e Festitália - que de tradicionalistas só tem o cartaz e o "slogan". O mesmo ocorre em em outras festas catarinenses, como a Festa da Cebola, a Festa do Pinhão, a festa do Leite, que embora sejam festas culturais, trazem artistas de outras regiões, que não combinam em nada com o estilo das festas em si. Devemos incentivar nossos familiares e amigos, indiferente da linhagem, a manterem sua cultura.
O primeiro passo começa dentro de casa, pois um bom exemplo vale mais do que um sermão. Caso não saibamos falar o idioma dos nossos antepassados, que tal aprender? Que tal ouvir músicas nesse idioma também? A gastronomia nem se fala, não necessariamente a comida colonial, mas a culinária moderna também pode ser interessante. Se seus filhos se interessarem por jogos, danças, música, que tal clubes de caça e tiro, dança e música folclórica? Passemos uma ideia de que dança e música folclórica pode ser tão ou mais interessante que "usar calças no joelho e cantar sobre o quão bonito é ser criminoso" - e nem precisamos ser tão extremistas, pois encontramos músicas européias que vão desde o pop até o metal extremo. Passemos a ideia que o idioma dos nossos antepassados pode ser tão útil quanto o inglês - e isso pode ser comprovado com diversas empresas multinacionais da região, pois temos filiais de empresas alemãs, italianas e até escandinavas por todo o estado. Passemos a ideia que um x-alemão é tão ou mais saboroso que o x-bacon, ou que einsbein é tão exótico quanto sushi.
Esqueçam as cotas, esqueçam o racismo, esqueçam todas essas coisas que serão usadas conta o nosso povo. Vamos nos preucupar, antes de tudo, em manter vivos nossos laços culturais, em dar uma boa educação para os nossos filhos. Vamos ensinar a todos a terem respeito com as demais culturas, mas vamos, principalmente, ensinar a importância de não misturá-las.
Então chegaram os galinhas verdes e depois o estado novo. Nessa época todas as heranças culturais foram proibidas, foram fechados clubes tradicionalistas, o idioma e qualquer veneração a pátria antiga foram proibidos, assim como festas e encontros. Como a maior parte da população nessas cidades era de origem europeia ou descendentes diretos, a transição tenderia a ser lenta, então arrumaram um jeito de forçá-la - punindo com torturas e sanções quem fosse pego falando seu idioma nativo. Nessa época os europeus residentes e descendentes tinham problemas até para arrumar emprego. Com isso, a maioria das famílias, com medo, não passavam mais o idioma e a cultura para os filhos. Tudo piorou quando o Brasil entrou oficialmente na Segunda Grande Guerra, aumentando ainda mais o preconceito com os teuto-descendentes e ítalo-descendentes, no estado de Santa Catarina.
Anos depois, sabemos que as heranças desse "anticulturalismo" foi uma falta de herança cultural e um dos maiores racismos já ocorridos no Brasil, mas que nunca será defendido na mídia, nem ao menos citado. Hoje em dia, quem se interessa por costumes ancestrais, precisa pagar, e caro - sem citar que normalmente quem busca manter suas raizes, ou estudá-las, é visto como racista ou riducularizado pelos que seguem a "cultura pop mundial".
De todo modo, todos os que resolvem manter laços com suas origens são pessoas que sentem orgulho de sua linhagem. Isso ocorre com todos, sejam descendentes de alemães, de italianos, poloneses, japoneses e negros. A diferença é que só os descendentes de alemães orgulhosos são marginalizados e citados como racistas - podemos comparar, observando a campanha comemorativa da imigração japonesa, que é muito mais nova que a alemã, mas que teve apoio da mídia. E o próprio país, interessado numa cultura mista ajuda a manter essa ideia, defendendo minorias que não são minorias na maior parte do país.
Aqui no Sul, temos uma concentração muito grande de descendentes de europeus, mas poucos deles se interessam por manter laços culturais, e menos ainda sentem algum tipo de orgulho familiar ou de sangue (linhagem). Acho que o nosso maior desafio seja reverter o processo assimilatório que ocorre no meio e manter laços culturais mais fortes. Precisamos parar de apoiar a mistura cultural em festas tradicionalistas como a Oktoberfest e Festitália - que de tradicionalistas só tem o cartaz e o "slogan". O mesmo ocorre em em outras festas catarinenses, como a Festa da Cebola, a Festa do Pinhão, a festa do Leite, que embora sejam festas culturais, trazem artistas de outras regiões, que não combinam em nada com o estilo das festas em si. Devemos incentivar nossos familiares e amigos, indiferente da linhagem, a manterem sua cultura.
O primeiro passo começa dentro de casa, pois um bom exemplo vale mais do que um sermão. Caso não saibamos falar o idioma dos nossos antepassados, que tal aprender? Que tal ouvir músicas nesse idioma também? A gastronomia nem se fala, não necessariamente a comida colonial, mas a culinária moderna também pode ser interessante. Se seus filhos se interessarem por jogos, danças, música, que tal clubes de caça e tiro, dança e música folclórica? Passemos uma ideia de que dança e música folclórica pode ser tão ou mais interessante que "usar calças no joelho e cantar sobre o quão bonito é ser criminoso" - e nem precisamos ser tão extremistas, pois encontramos músicas européias que vão desde o pop até o metal extremo. Passemos a ideia que o idioma dos nossos antepassados pode ser tão útil quanto o inglês - e isso pode ser comprovado com diversas empresas multinacionais da região, pois temos filiais de empresas alemãs, italianas e até escandinavas por todo o estado. Passemos a ideia que um x-alemão é tão ou mais saboroso que o x-bacon, ou que einsbein é tão exótico quanto sushi.
Esqueçam as cotas, esqueçam o racismo, esqueçam todas essas coisas que serão usadas conta o nosso povo. Vamos nos preucupar, antes de tudo, em manter vivos nossos laços culturais, em dar uma boa educação para os nossos filhos. Vamos ensinar a todos a terem respeito com as demais culturas, mas vamos, principalmente, ensinar a importância de não misturá-las.